Foto: Marielle Rojas |
Angústias e cicatrizes do passado a rodeavam, mas ela seguia com o fone no ouvido dançando conforme a música, e nada conseguia a alcançar. O vestido sempre florido, como seu coração. Aprendeu a cultivar, a esperar... Uma hora as flores sempre desabrocham. O cabelo sempre solto pra balançar com o vento e os olhos sempre atentos aos sinais que a vida dá.
Nada acontece sem que muitas outras coisas tenham acontecido ou deixado de acontecer. A gente não entende uma coisa aqui, outra ali, mas uma hora tudo se encaixa. Ela também não cansa de agradecer tudo o que lhe acontece e as oportunidades que a vida vem lhe dando. Principalmente por fazer o que gosta, poder escrever tentando levar um pouco de amor por meio de palavras.
Ela sempre viu tudo com o coração e nunca gostou do que todo mundo gosta. Sempre gostou do simples, como a poesia de um abraço. Mas o que faz a gente gostar de alguém? Sempre se questionava. Com tantas pessoas no mundo pra gente conhecer, por que uma, perdida em meio a essa imensidão, é a que nos faz sorrir? Ô menina maluca. Isso ela não sabe responder não, e talvez nem precise.
Estava tão acostumada a ser sozinha e solta nesse mundão que nem percebeu o bem que ele vinha fazendo. Chegou de mansinho e em tão pouco tempo quantos sorrisos... A fez desaprender tudo que ela sabia sobre o amor, a finalmente entender que nenhum amor é igual o outro. Depois de tanta tempestade veio uma calmaria com um sorriso largo. (e com beijo com gosto de cigarro).
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